Literart, uma aventura

quinta-feira, 15 de abril de 2010

ÉTICA

Ética

“Ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui senso ético, uma espécie de “consciência moral”, estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do certo e errado, do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir individual, essas classificações sempre têm relação com as matrizes culturais que prevalecem em determinadas sociedades e contextos históricos.
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros relações justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas ideias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.
O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos há 25 séculos atrás. Atualmente, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros outros pesquisadores do conhecimento dedicam-se ao seu estudo. Sociólogos, psicólogos, biólogos e muitos outros profissionais desenvolvem trabalhos no campo da ética.

PROBLEMAS MORAIS E PROBLEMAS ÉTICOS

A ética não é algo superposto à conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem uma carga moral. Ideias sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o permitido e o proibido definem a nossa realidade.
Em nossas relações cotidianas estamos sempre diante de problemas do tipo: Devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir? Será que é correto tomar tal atitude? Existe alguma ocasião em que seria correto atravessar um sinal de trânsito vermelho?
O homem é um ser-no-mundo, que só realiza sua existência no encontro com outros homens, sendo que, todas as suas ações e decisões afetam as outras pessoas. Nessa convivência, nessa coexistência, naturalmente têm que existir regras que coordenem e harmonizem essa relação. Estas regras, dentro de um grupo qualquer, indicam os limites em relação aos quais podemos medir as nossas possibilidades e as limitações a que devemos submeter. São os códigos culturais que nos obrigam, mas ao mesmo tempo nos protegem.
Diante dos dilemas da vida, temos a tendência de conduzir nossas ações de forma quase que instintiva, automática, fazendo uso de uma “fórmula” ou “receita” presente em nosso meio social, de normas que julgamos mais adequadas de serem cumpridas, por terem sido aceitas intimamente e reconhecidas como válidas e obrigatórias. Fazemos uso de normas, praticamos determinados atos e, muitas vezes, nos servimos de determinados argumentos para tomar decisões, justificar nossas ações e nos sentirmos dentro da normalidade.
Estas normas têm relação como o que chamamos de valores morais. São os meios pelos quais os valores morais de um grupo social são manifestos e acabam adquirindo um caráter normativo e obrigatório. A palavra moral tem sua origem no latim “mos”/”mores”, que significa “costumes”, no sentido de conjunto de normas ou regras adquiridas por hábito. A expressão “bons costumes” é usada como sendo sinônimo de moral ou de moralidade.
A moral pode então ser entendida como o conjunto das práticas cristalizadas pelos costumes e convenções históricossociais. Cada sociedade tem sido caracterizada por seus conjuntos de normas, valores e regras. São as prescrições e proibições do tipo “não matarás”, “não roubarás”, de cumprimento obrigatório. Muitas vezes essas práticas são até mesmo incompatíveis com os avanços e conhecimentos das ciências naturais e sociais.
A moral tem um forte caráter social, estando apoiada na tríade cultura, história e natureza humana. É algo adquirido como herança e preservado pela comunidade. Quando os valores e costumes estabelecidos numas determinada sociedade são bem aceitos, não há muita necessidade de reflexão sobre eles. Mas, quando surgem questionamentos sobre a validade de certos costumes ou valores consolidados pela prática, surge a necessidade de fundamentá-los teoricamente, ou, para os que discordam deles, criticá-los. "
(Adolfo Sánchez Vasquez)

domingo, 4 de abril de 2010

Não suje o planeta

Comece limpando sua casa, rua e escola.

Concordância nominal

Concordância nominal

Concordância do adjetivo com um só substantivo
O adjetivo concorda em gênero e numero com o substantivo a que se refere
Bom músico - bons músicos
Música boa - músicas boas

Concordãncia do adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo:
Que bela saia e lenço compraste!

Se o adjetivo connstituir um predicativo do sujeito ou do objeto, ainda que anteposto, deve concordar com todos os elementos a que se refere:
Achei falsos as provas e os argumentos.

Referindo-se a nomes próprios, de parentesco ou títulos, deve o adjetivo ir para o plural:
Reli os grandes Machado de Assis e Fernando Pessoa. (nomes próprios)
Perdro viajou com suas elegantes mãe, irmã e prima. (parentesco)
O repórter entrevistou os afamados Vice presidente e Secretário de Estado. (título)

Concordância do adjetivo posposto a dois ou mais substantivos
Neste caso, a concordância é muito variável, pois está sujeita às intenções do escritor e às necessidades de clareza e eufonia. Contudo, deve-se observar a primazia do masculino sobre o feminino e a do singular sobre o plural. Nos exemplos a seguir, indicamos com asteriscos as formas MENOS usadas.
Contratamos uma artesã e um artesão habilidoso.
*Contratamos uma artesã e um artesão habilidosos.

Encomendei as cadeiras e a mesa claras.
* Encomendei as cadeiras e a mesa clara.

Decorei a sala com as cortinas e os lustres novos.
Decorei a sala com os lustres e as cortinas novas.
*Decorei a sala com os lustres e as cortinas novos.

Limpamos a estatueta e o vaso antigo.
*Limpamos a estatueta e o vaso antigos.

Antes da formatura encontramos os professores, as professoras, os alunos e as alunas entusiasmados.
*Antes da formatura encontramos os professores, as professoras, os alunos e as alunas entusiasmadas.

Rechaçou o exército e a aviação invasora.
*Rechaçou o exército e a aviação invasores.

Há casos em que o adjetivo deve concordar apenas com o substantivo mais próximo. É o que ocorre:
a) Quando os substantivos forem sinônimos:
A beleza e a formosura feminina me encantam.

b) Quando houver gradação:
A sua observação, a sua iniciativa e a sua intervenção valiosa ocorreram no momento adequado.

c) Quando o sentido assim o exigir:
Trouxe-nos sabão e terta deliciosa.
Conhecia moços e mulheres adultas.

Concordância de dois ou mais adjetivos com um substantivo no plural
Devem os adjetivos ficar no singular
Estudo as línguas portuguesa e inglesa.
Observe: Estudo a língua portuguesa e a inglesa.

Casos particulares

Incluso, leso, próprio, obrigado, quite
Concordam com a palavra a que se referem:
Remeto-lhe inclusas as procurações.
Remeto-lhe inclusa a procuração.

Cometeu um crime de lesa-pátria.

Ele próprio (mesmo) arrumou suas malas.
Ela própria (mesma) arrumou suas malas.

O rapaz disse muito obrigado.
A moça disse muito obrigada.

Eu estou quite com minhas obrigações escolares.
Nós estamos quites com nossas obrigações escolares.

Pseudo, alerta, menos.

São palavras invariáveis o prefixo grego pseudo usado como adjetivo e os advérbios alerta e menos.
Sempre desprezou os pseudoprofetas.

Os vigias estavam alerta.

Menos pessoas do que se esperavacompareceram ao ENEM.

Apenas o advérbio todo pode ser flexionado.

Os meninos chegaram todos molhados.
A menina chegou toda (ou todo) molhada.

Mesmo, bastante, junto, meio
Desde que funcionem como adjetivos concordam com a palavra a que se referem:
Ele mesmo organizou a festa.
Ela mesma organizou a festa.

Bastantes alunos foram aprovados.

Seguem juntas as faturas.

Compramos meio quilo de carne.
É meio-dia e meia (hora).

**Mesmo, quando significa "de fato", "realmente", é invariável.
Ela fará mesmo parte da banca examinadora.

**Bastante quando equivale ao adverbiode intensidade "muito", é invariável.
Esses sapatos são bastante confortáveis.

**Junto, quando funciona como advérbio ( =juntamente) ou quando compõe locuções prepositivas (junto com, junto de), é invariável.
Junto, remeto-lhe as certidões.
As mercadorias chegaram junto com as familias dos comerciantes.

**Meio, advérbio, é invariável.
Encontrei-a meio triste.
Eles estavam meio nervosos.

Só, a sós

, empregado como adjetivo, significando "sozinho", "desacompanhado", "solitário", "único", deve concordar em número com a palavra que modifica:
Pedro e Tereza pertiram sós.
Maria passeou .
Vocês sós prepararam tudo.

Empregado como advérbio, com o sentido de "somente", "apenas", "unicamente", permanece invariável:
eles tiveram coragem de dizer a verdade.
Vocês fizeram isso?

Também permanece invariável a expressão a sós:
Os noivos desejam permanecer a sós.

Anexo.
Anexo concorda com a palavra a que se refere:
Remeto-lhe, anexas, as cartas.
Remeto-lhe anexo o mapa.

Em anexo
Em anexo é uma expressão invariável.
Remeto-lhe, em anexo, as certidões.

Numerais

Devem-se empregar os numerais cardinais, em substituição aos ordinais, na designação de folhas, páginas, capítulos etc.
Estou na pagina dois.
Moro na casa cinquenta e um.
O capítulo cinco é emocionante.

É proibido, é bom, é necessário
Estas expressões, quando se referem a palavras desacompanhadas de qualquer determinante, tomadas, portanto, em sua generalidade, são invariáveis.
É proibido entrada.
Água é bom.
Coragem é necessário.

Porém, se a palavra estiver acompanhada de determinante, com ela devem concordar.
É proibida a entrada.
Esta água é boa.
A coragem é necessária.

Possível
A expressão o mais (menos, maior, menor, melhor, pior) possível fica invaríavel, a não ser que o artigo esteja no plural, caso em que o adjetivo possível também vai para o plural.
Vencia obstáculos o mais difíceis possível.
Vencia obstáculos os mais difíceis possíveis.
Vencia obstáculos o mais possível difíceis.
Vencia obstáculos os mais possíveis difíceis.

Adjetivo com função de advérbio.

Vários são os adjetivos que não variam quando substituem advérbios. Eis alguns deles.

BARATO: No sebo os livros custam barato.

CARO: As joias custam caro.

DIFERENTE: Eles trabalham diferente.

DIRETO: Fomos direto para a rodoviária.

ESCONDIDO: Os presos planejaram a fuga escondido dos policiais.

FIRME: Os atletas disputaram firme o campeonato.

LIGEIRO: Sigam ligeiro, rapazes.

RÁPIDO: Nos filmes, os vaqueiros sacam a arma rápido.

SUAVE: Os dançarinos bailavam suave.


FONTE: MAIA, João Domingues
Gramática - Teoria e exercícios
By Carlinha Maynart